julho 10, 2015 Nenhum Comentário

Workshop – A Hora e Vez da Coleta Seletiva Solidária

Quando pensamos em coleta seletiva nas cidades brasileiras, não podemos nos esquecer da importância da participação ativa dos catadores de materiais recicláveis. É pensando nisso que o Insea, o Movimento Nacional dos Catadores (MNCR), o Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), o Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) e a Rede Cataunidos promoveram mais um workshop com a temática Coleta Seletiva Solidária – Gestão Compartilhada de Resíduos Sólidos.

O evento contou com a participação de mais de 400 pessoas. Participaram representantes de prefeituras de vários municípios, catadores, autoridades, sociedade civil organizada, estudantes dentre outros.

A Diretora do CMRR e pesquisadora do ORIS, Jacqueline Rutkowski, deu as boas vindas aos participantes e iniciou as atividades do encontro. “Estou muito feliz em ver essa iniciativa do ORIS, e seus parceiros, acontecendo aqui no CMRR, que é um importante espaço público. Queremos muito impulsionar a coleta seletiva nos municípios mineiros”, disse.

A mesa de abertura contou com a participação, além da diretora do CMRR, Luiz Henrique (MNCR), Luciano Marcos (INSEA), Philippe Martineau (Embaixada da França), Ary Pereira (CIISC), Darklane Rodrigues (SEDESE), Francisco Fonseca (FEAM), César Gouvinho (Banco do Brasil), Heuler (COPASA) Marlene Curtis (Itaipu).

Com mais de 400 participantes o workshop contou com nove expositores que enriqueceram o encontro expondo projetos e explanações voltados para a questão da gestão dos resíduos sólidos. O Diretor do INSEA, Luciano Marcos, participou da mesa intitulada “Avanços e desafios para a ampliação dos programas de Coleta Seletiva em Minas Gerais e no Brasil”, juntamente com o Gerente de Resíduos Sólidos Urbanos da FEAM, Francisco da Fonseca.

Em sua exposição, Luciano Marcos apresentou o INSEA, sua atuação junto aos catadores com o objetivo de fortalecer e consolidar o processo organizativo desta classe trabalhadora. “Temos que começar a mudar a cadeia da reciclagem desde o início, quando o cidadão dispensa o seu lixo na porta da sua casa. A coleta seletiva passa pela vontade de fazer mudar a nossa cultura em relação ao trato dado ao resíduo que geramos”, ressalta Luciano.

O Coordenador do Comitê Interministerial de Inclusão dos Catadores, CIISC, Ary Pereira, fez uma apresentação da cadeia econômica da reciclagem como indutora do desenvolvimento regional e promotora do trabalho e renda. Segundo dados apresentados, há uma estimativa do Banco Mundial que aponta existência de 15 a 20 milhões de catadores de materiais recicláveis em situação informal, principalmente em países em desenvolvimento.

No Brasil, segundo dados apresentados pelo Censo Demográfico 2010 IBGE, existem cerca de 390 mil catadores, sendo que apenas 10% estão organizados em associações e cooperativas.

Em sua fala, Ary destaca a necessidade da inclusão dos catadores no processo de implantação da coleta seletiva no país. “O Governo Federal intende que o mais importante nesse processo é a inclusão dos catadores e catadoras na coleta seletiva solidária pelos municípios. Esse é o nosso projeto estratégico e de maior importância”, completou o representante do Governo Federal.

Dentre as outras apresentações que aconteceram ao longo seminário, os participantes conheceram algumas experiências realizadas nas regiões Norte e Pas de Calais da França, apresentadas pelo representante do grupo de empresas especializadas em eco-tecnologias (CD2E), Hugo Crebassa. As experiências executadas na região francesa são apontadas como bem sucedidas pela comunidade europeia e parceira do Plano de Energia e Mudança Climática de Minas Gerais.

Também foram apresentadas experiências exitosas implementadas nas cidades de Londrina e Natal, apresentadas, respectivamente, pelos catadores Verônica e Severino. O catador Severino, representante da coordenação do MNCR, lembrou-se de quando era obrigado a conviver com urubus no lixão e a importância do processo de organização até atual estrutura das associações e cooperativas. “No ano 2000, eu tive a oportunidade de vir até Belo Horizonte para conhecer a estrutura e organização da ASMARE e a coleta seletiva, que estava sendo implantada na capital mineira. Na época ainda estávamos no lixão”, recorda Severino.

O workshop A Hora e a Vez da Coleta Seletiva Solidária aconteceu na última quarta-feira (08/07/2015) no Centro Mineiro de Referência em Resíduos, rua Belém, Nº40, bairro Esplanada.

Oficinas Temáticas

Além do workshop, aconteceram também as oficinas: “Diagnósticos técnicos para planejamento de Coleta Seletiva – Gravimetria de resíduos sólidos urbanos” e “Mobilização social para a implantação de programas de coleta seletiva nos municípios”.

Com mais de 100 inscritos, as oficinas também fazem parte da estratégia de capacitação do ORIS que visa o avanço das tecnologias limpas no processo de gestão compartilhada dos resíduos.

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