Breve Histórico do ORIS

Criado em 2012 em Belo Horizonte, o Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária – ORIS procura criar um espaço de reflexão e ação, congregando atores diferentes, reunidos em torno da promoção da reciclagem como alternativa ambiental e social ao tratamento do lixo urbano. O ORIS é integrado por representantes dos catadores e das redes de associações e cooperativas, técnicos de apoio e ONGs, pesquisadores independentes e de instituições universitárias, representantes de instituições públicas e forças políticas simpatizantes do MNCR e da causa ambiental, que constituem uma rede que se construiu em torno da coleta seletiva e reciclagem solidárias como alternativa sociotécnica ao tratamento dos resíduos sólidos urbanos.

Para que esse modelo de reciclagem solidária se desenvolva, é necessário, como em qualquer outra atividade econômica, que informações disponíveis sejam transformadas em conhecimentos e instrumentos de gestão e produção, possibilitando ações eficientes e eficazes, da coleta seletiva à comercialização. O Observatório é um espaço de reflexão, formação, pesquisa-ação e planejamento de ações de curto e longo prazo, sempre tomando como ponto de partida questões prementes que os catadores enfrentam para desenvolver a reciclagem solidária.

Os encontros e ciclos de estudos do ORIS acontecem mensalmente e duas vezes no ano são realizados encontros ampliados, visando à socialização dos conhecimentos acumulados. No primeiro semestre este evento tem o formato de workshop, tendo como público prioritário os gestores públicos. Tradicionalmente, no mês de setembro, o espaço é ampliado em formato de seminários temáticos em torno da rota tecnológica da reciclagem.

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HISTÓRIA dos SEMINÁRIOS

Saiba um pouco do que aconteceu nos eventos anteriores.

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1˚ - Seminário

O 1º Seminário sobre rotas tecnológicas da reciclagem foi realizado nos dias 25 e 26 de setembro de 2013 no Campus da UFMG em Belo Horizonte, contando com a presença de 300 participantes.

O eixo de estudos e debates foram as diferentes tecnologias voltadas para o tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Os estudos foram focados em análises comparativas das tecnologias, enfatizando a viabilidade técnica e como, considerando aspectos ambientais, sócio-culturais, econômicos, tecnológicos e de saúde pública, elas competem com ou promovem a reciclagem. O evento contou com diversos especialistas convidados, resultando, ao final, na elaboração de um documento intitulado “Por uma rota tecnológica de tratamento de resíduos que promove a reciclagem popular”, o qual dentre outras propostas, diz não a incineração dos resíduos urbanos.

Este documento foi um dos principais subsídios do MNCR na Conferência Nacional de Meio Ambiente – CNMA realizada em outubro de 2013 em Brasília-DF.

2˚ - Seminário

Realizado nos dias 16 e 17 de setembro de 2014 no auditório da Escola de Engenharia da UFMG, o evento teve como temas centrais as temáticas LIXO ZERO e RECICLAGEM DE RESÍDUOS ORGÂNICOS.

Participaram cerca de 450 pessoas de vários estados do Brasil e conferencistas convidados como o Professor Paul Connett, de Nova Yorque – EUA, um dos maiores pesquisadores no mundo sobre gestão de resíduos e impactos ambientais, econômicos e sociais da incineração. A Dra. Anne Scheinberg da Holanda, trouxe importantes contribuições sobre a modernização dos sistemas de gestão de resíduos no mundo e David Lerpenieri, da Inglaterra, abordou o tema da efetividade do apoio internacional na melhoria da gestão de resíduos em países de pequena e média renda. Convidados do Brasil como Ruy Barros, Clauber Leite do Instituto Pólis de SP, Marcos José de Abreu da CEPAGRO/SC, entre outros apresentaram diferentes olhares sobre as tecnologias de reciclagem de resíduos orgânicos em curso no Brasil, apontando as vantagens e desvantagens econômicas da reciclagem de orgânicos.

Mais uma vez, ao final, os debates serviram de base para orientar a elaboração de diretrizes, sendo iniciada a discussão sobre os instrumentos práticos a serem desenvolvidos para que os catadores possam contribuir com mais este aspecto da gestão de resíduos urbanos a partir da logística que já desenvolveram para os resíduos recicláveis.

3˚ - Seminário

Nesta terceira edição, o seminário Rotas Tecnológicas da Reciclagem de Resíduos aborda, mais uma vez, temas contemporâneos como a emergência dos impactos das mudanças climáticas no mundo e sua relação com a geração e gestão de resíduos sólidos urbanos e como a reciclagem e o tratamento adequado dos resíduos podem contribuir na diminuição de emissões de carbono.

Como as diretrizes do Plano de Ação Lima-Paris (FILA) estão sendo traçadas para reforçar a cooperação internacional para o clima, com participação múltipla de modo a apoiar a realização de um acordo ambicioso na COP21? Como o Brasil se prepara para este acordo mundial? Que iniciativas já estão em curso a partir do trabalho dos catadores e da reciclagem e que podem contribuir para compromissos concretos na geração de energias limpas e soluções para o clima? Estas são algumas das questões que se pretende debater.

Dando continuidade às reflexões para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS nos municípios brasileiros, o seminário traz como tema de aprofundamento o conceito de responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos. Como esse princípio vem sendo aplicado no Brasil e no mundo? Quais as principais soluções e políticas públicas que vêm sendo capazes de impulsionar esta estratégia? Diferentes atores envolvidos nesta temática irão trocar opiniões e debater ideias que estão sendo implementadas pelos governos, catadores, iniciativa privada, a partir de experiências exitosas no Brasil e exterior.

Para iluminar este debate, o conferencista convidado é o economista Ricardo Abramovay, professor titular do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo-USP, um dos principais estudiosos deste tema no Brasil e autor dos livros “Muito Além da Economia Verde” (Ed. Planeta Sustentável, SP, 2012) e Lixo Zero: Gestão de Resíduos Sólidos para uma Sociedade Mais Próspera (Editora Planeta, 2014, em conjunto com as pesquisadoras Juliana Speranza e Cécile Petitgand). O objetivo aqui é discutir como inspirar e replicar modelos inovadores de Lixo Zero e Reciclagem Popular nos municípios brasileiros.

Considerando o papel estratégico que os catadores desenvolvem na gestão dos resíduos sólidos urbanos e no desenvolvimento da cadeia da reciclagem, o seminário apresenta ainda, no terceiro dia, um panorama da reciclagem popular no Brasil e em diversos países da América Latina, África e Ásia. Quais são as principais questões em curso em cada uma das experiências e projetos que vêm sendo desenvolvidos nestes continentes? Como construir sinergias reais entre os agentes econômicos e promover a melhoria na gestão dos resíduos? Como estão sendo construídas estratégias para efetivação dos direitos e melhoria das condições de vida e trabalho dos catadores? Como avançar no diálogo com a sociedade e com os gestores públicos para construção de uma nova agenda de desenvolvimento inclusivo da cadeia da reciclagem?

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