março 1, 2021 | Nenhum Comentário |
A imprensa e a sociedade debateram recentemente como vivem os catadores de recicláveis em um ano sem carnaval. Foi mais uma oportunidade de discutir a promoção e o desenvolvimento econômico das catadoras e catadores, mantendo o debate público atento a questões que são tão importantes para nós aqui do INSEA: a organização dos catadores de materiais recicláveis no Brasil. Ela tem um papel importantíssimo para minimizar as condições de vulnerabilidade social em que se encontra a maioria destas pessoas.
Aproveitamos o dia de hoje, 1º de março, o Dia Mundial dos Catadores de Materiais Recicláveis, para reforçar nosso compromisso com as lutas relacionadas à gestão dos resíduos sólidos e à inclusão social.
E também para celebrar cada uma e cada um responsável por recuperar, anualmente, mais de 40 mil toneladas de resíduos em Minas Gerais, de acordo com o Anuário da Reciclagem 2020. São toneladas de materiais recolhidos de vias públicas, margens de rios e córregos e de demais locais inapropriados para o descarte daquilo que já não nos serve mais.
Com esse trabalho, enchentes são evitadas ou apassivadas, aterros sanitários ganham sobrevida e recursos naturais que servem de matéria-prima são poupados. A reciclagem é um trabalho essencial para o desenvolvimento sustentável.
É dia de agradecer pelo trabalho de pessoas que prestam um serviço de extrema importância para o nosso planeta e que ainda não têm seus direitos respeitados por grande parte dos gestores públicos e da população.
A luta continua e estamos ao lado das catadoras e catadores de materiais recicláveis!
Histórico: o que é lembrado em 1º de março? – O massacre ocorreu em março de 1992, na Universidade Livre de Ottawa (Ottawa University), onde foram encontrados 11 corpos de pessoas que trabalhavam como catadores informais e haviam sido assassinados por funcionários da universidade. Os catadores foram enganados pelos assassinos para entrar no prédio com a intenção de coletar os recicláveis. Uma vez lá dentro, foram espancados e mortos para terem seus corpos vendidos para pesquisa e tráfico de órgãos. Um sobrevivente, que fingiu estar morto, contou à polícia sobre o que tinha acontecido.
Em memória do massacre – e em resposta às péssimas condições de trabalho que lutam para melhorar, além do preconceito que enfrentam em muitos níveis da sociedade – foi declarado o dia 1º de março como o Dia Mundial dos Catadores, no Primeiro Encontro Internacional de Catadores, na Colômbia, em 2008.
A dedicação e empenho dessas instituições, tornaram possíveis a produção e continuidade dos projetos desenvolvidos pelo INSEA.