outubro 29, 2013 Nenhum Comentário

CATADORES DE MINAS GERAIS NO FESTIVAL LIXO E CIDADANIA

A Delegação mineira, composta por 160 (cento e sessenta) catadores de materiais recicláveis participa das atividades do 12º Festival Lixo e Cidadania (FLC) O evento, que acontece de 28 a 31 de outubro, em Brasília (DF), reúne catadores, técnicos, especialistas e autoridades de todo o Brasil.  A semana tem sido de importantes debates sobre a política de gestão de resíduos com a Conferência Nacional de Meio Ambiente (24 a 27 de outubro). Destacando a importância da reciclagem, o Festival vem na sequência, fortalecendo o trabalho dos catadores e a efetivação das ações em torno da coleta seletiva. As atividades são realizadas no Bay Park Resort Hotel – SHTN, Trecho 2, Conjunto 5 – Projeto Orla.

CONFERÊNCIA E FESTIVAL

O Festival recebe a influência das decisões da Conferência de Meio Ambiente. Duas deliberações da Conferência têm relação direta com a ação dos catadores de materiais recicláveis, ou seja, o não à incineração e o não à Parcerias Público Privadas (PPPs). Madalena Duarte, catadora da Cooperativa  dos Catadores de Materiais Recicláveis de Itaúna (COOPERT) e membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) acredita que o Festival referende, em suas discussões, a decisão da Conferência.  Porém, para ela, “o evento trará as deliberações da Conferência num debate central das novas tecnologias por traz da temática reciclagem.”

O catador Carlos Alberto Gonçalves de Jesus, da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Regional de Papagaios (ASCAMARP), aposta no apoio governamental à luta dos catadores. Para ele, o decidido na Conferência  vai influenciar diretamente o Festival. “Com as deliberações de não às PPPs e não à Incineração, espero que os governos federal, estaduais e municipais respeitem e reconheçam nosso trabalho”, declara Carlos.

A insistência na temática das tecnologias preocupa Madalena, uma vez que muitos catadores  ainda não se apropriaram de temas como as PPPs, a incineração, a logística reversa, dentre outros. Ela questiona a fala recorrente de que “a todo o momento recebe argumentos e mais argumentos de que os catadores podem trabalhar junto às novas tecnologias e com isto terem novas infraestruturas.” Madalena é veemente ao afirmar que “não se pode perder a caminhada de lutas e conquistas dos catadores.” E emenda “vamos conviver com coisas novas. Porém, não se pode desconsiderar o nosso valor de catadores na contribuição com cuidado do planeta e na promoção da inclusão social através do trabalho e renda.” Toda inovação, que crie novas possibilidades é resultado do investimento na qualificação. Desta forma, possibilita-se o melhor trabalho. Carlos dispara que “a mudança acontece de fato com a capacitação e  a o fortalecimento dos catadores.”

 CONTRA A INCINERAÇÃO

A presença política dos catadores mineiros é importante no Festival. Madalena considera que um dos  instrumentos de luta dos de Minas Gerais, o Projeto de Lei 4.051/2013 – PL Contra à Incineração –  é o argumento no evento. “Queremos mostrar  nossa posição e articulá-la com outros estados, numa agenda nacional contra  a queima dos resíduos”, explica Madalena.

Carlos Alberto da ASCAMARP reforça a posição do trabalho da coleta seletiva inclusiva e não à incineração. “Os catadores têm condições para isto. Vamos mostrar que é possível fazer o trabalho sem incineração. Vamos mostrar a nossa força”,  assegura.

 

Matéria produzida por Antônio Coquito, jornalista e assessor de comunicação do INSEA

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