O trabalho dos catadores de materiais recicláveis se desenvolve num contexto marcado, simultaneamente, por avanços importantes em termos da legislação, do estabelecimento de parcerias, do incentivo financeiro para a capacitação e a infraestrutura. Mas a história também está marcada por uma série de fragilidades vividas pela ausência ou ineficácia na gestão dos resíduos sólidos e na violação do direito digno ao trabalho.
Dados levantados pelo Fórum Lixo e Cidadania de Minas Gerais em 2010 registram a participação de 3280 catadores organizados em 140 Empreendimentos (associações/cooperativas) e uma estimativa de 01 (uma) pessoa sobrevivendo informalmente da catação para cada 1.000 habitantes no Estado.
A relação de trabalho dos catadores pela via do associativismo e do cooperativismo tem chegado ao Sistema de Justiça, sobretudo na justiça do Trabalho, e entendemos ser urgente e de fundamental importância a aproximação desses atores.
Dentro desse contexto, o Observatório da Reciclagem Inclusiva e Solidária (ORIS) se torna um espaço de reflexão, formação, pesquisa-ação e planejamento de ações de curto e longo prazo, sempre tomando como ponto de partida as questões que os catadores enfrentam para a efetivação de seus espaços de trabalho.
No dia 24 de maio de 2016 faremos um debate sobre o Direito Humano ao Trabalho construindo caminhos para a proteção e defesa dos direitos dos catadores e catadoras ao trabalho digno e solidário junto ao Sistema de Justiça com a presença de lideranças de catadores de todo o estado de Minas Gerais e representantes do Sistema de Justiça.